Dödshot
mot Stédile.
Den politiska krisen i Brasilien djupnar. Just nu handlar det om skandalen vid det statliga oljebolaget Petrobras. Det är ganska uppenbart att det förekommit mutor eller något liknande. Inblandade är politiker från PT och allierade partier, främst PMDB. Detta är sorgligt och eländigt . PT var ju länge ett rent parti. Nu används detta till försök att få bort Dilma. Det försigår ett avancerat spel i kongressen, det planeras en undersökning på bred front, men då undanhålls PSDB, ett parti som är ännu mer korrumperat än PT.
Den politiska krisen i Brasilien djupnar. Just nu handlar det om skandalen vid det statliga oljebolaget Petrobras. Det är ganska uppenbart att det förekommit mutor eller något liknande. Inblandade är politiker från PT och allierade partier, främst PMDB. Detta är sorgligt och eländigt . PT var ju länge ett rent parti. Nu används detta till försök att få bort Dilma. Det försigår ett avancerat spel i kongressen, det planeras en undersökning på bred front, men då undanhålls PSDB, ett parti som är ännu mer korrumperat än PT.
Folkrörelserna
mobiliserar nu, för en undersökning av fallet Petrobras, men samtidigt i
försvar för att företaget, som ger viktiga inkomster till staten och dessutom
stöttar många viktiga projekt i landet, skall förbli i folkets ägo. Dessutom
talar man återigen om en nödvändig politisk reform. Det pågår en reaktionär
offensiv i Brasilien och symptomatiskt är denna otäcka affisch som lovar en
rejäl summa för att gripa João Pedro Stédile död eller levande. Nedan en text
från MST på portugisiska
Há indícios que a ação criminosa partiu da conta pessoal
no facebook de Paulo Mendonça, guarda municipal de Macaé (RJ). E foi, imediatamente,
reproduzida pela maioria das redes sociais que diariamente destilam ódio contra
os movimentos populares, migrantes, petistas e agora, especialmente, contra a
presidenta Dilma Rousseff. São as mesmas redes sociais, em sua maioria, que
estão chamando a população para os atos do dia 15/3, para exigir a saída de
Dilma do cargo de Presidenta da República, eleita legitimamente em 2014.
Já foram tomadas as providências, junto às autoridades, para que o autor
do cartaz e todos os que estão fazendo sua divulgação, com o mesmo propósito,
sejam investigados e responsabilizados criminalmente, uma vez que são autores
do crime de incitação à pratica de homicídio.
Mas o panfleto é apenas um reflexo dos setores da elite brasileira que
estão dispostos a promover uma onda de violência e ódio, com o intuito de
desestabilizar o governo e retomar o poder, de onde foram afastados com a
vitória petista nas urnas em 2002.
Para estes setores não há limites, nem sequer bom senso. Recusam-se a
aceitar a vontade da população manifestada no processo democrático de eleger
seus governantes.
Deixam-se levar por instintos golpistas, embalados pelo apoio e a
conivência da mídia conservadora e anti-democrática. Usam a retórica do combate
a corrupção e da necessidade de afastar os que consideram estar destruindo o
país, para flertar com a ruptura democrática. Posam
de democráticos esquecendo que os governos da ditadura militar também diziam
ser.
São os mesmo que
cometeram, impunemente, o crime de lesa-pátria com a política de privatizações,
na década de 1990.
O panfleto, e o que se
vê nas ruas e redes sociais, é reflexo, sobretudo, de uma mídia partidarizada,
que manipula, distorce e esconde informações, ao mesmo tempo que promove o ódio
e o preconceito contra os que pensam diferente. O teólogo Leonardo Boff tem razão
quando responsabiliza a mídia, conservadora, golpista, que nunca respeitou um
governo popular, pela dramaticidade da crise política instalada no país. E
corajosamente nomina os promotores do caos em que querem jogar o país: é o
jornal O Globo, a TV Globo, a Folha de S. Paulo, o Estado de S. Paulo e a
perversa e mentirosa revista Veja.
Um poder midiático que tem a capacidade de sequestrar partidos políticos
e setores dos poderes republicanos.
Essa mídia, órfã de ética e de responsabilidade social, é que forma seus
leitores com a mentalidade do autor que fez o criminoso cartaz sobre Stedile. É
quem alimenta as redes sociais com os valores mais anti-sociais e
incivilizatórios.
Os tucanos, traindo sua origem socialdemocrata, fazem oposição ao
governo alimentando um ódio coletivo inicialmente restrito à classe alta, mas
agora espraiado em todos os segmentos sociais, contra um partido político e a
presidenta eleita. Imaginam que serão beneficiados com o caos que querem
instalar, envergonhando, com essa política rasteira, os seus que os
antecederam.
Um monstro foi criado pela forma como os tucanos escolheram fazer oposição
ao governo petista e pela irresponsabilidade da mídia empresarial. A
violência e o ódio estão se naturalizando pelas ruas. Essa criatura já escolheu
suas vítimas primeiras: os casais homossexuais e seus filhos, os imigrantes,
pobres das periferias, dirigentes de movimentos populares e militantes
políticos de esquerda. Mas não raras vezes, essas criaturas, sempre ávidas de
violência e intolerância, não poupam sequer seus criadores e os que hoje os
acompanham.
Haverá uma longa jornada para superar as dificuldades criadas pelos que
se opõe a construir um país socialmente justo, democrático e igualitário.
A começar por uma profunda reforma política, que nos leve a uma nova
Assembleia Nacional Constituinte, exclusiva e soberana. É preciso taxar as
grandes fortunas e enfrentar o poder dos rentistas e do sistema financeiro.
Batalhas tão urgentes e necessárias quanto as de enfrentar o desafio de
democratizar comunicação para assegurar, igualmente, a liberdade de expressão e
o direito à informação, direitos bloqueados pelo monopólio da comunicação
existente no país.
Somente assim, os saudosistas dos governos ditatoriais serão derrotados,
e o povo terá a consciência de que defender o pais é lutar pela democracia, e
não o contrário, como imagina hoje o autor do cartaz criminoso.
Movimento dos Trabalhadores Sem Terra – MST
São Paulo, 12 de março de 2015
São Paulo, 12 de março de 2015
Inga kommentarer:
Skicka en kommentar